Exposições
ADIR BOTELHO – Gravador de Sonhos
Uma importante coleção de xilogravuras, do gravador carioca Adir
Botelho, poderá ser conferida a partir do dia 17 de maio, no Centro
Cultural Correios, no Rio de Janeiro. Com curadoria Lani Goeldi, a
mostra faz um passeio pelo instigante universo da xilogravura do artista
que foi assistente de Raimundo Cela e Oswaldo Goeldi e também teve
projeção como decorador de grandes ambientes, como a ornamentação da
Avenida Presidente Vargas para o carnaval.
A exposição reúne três séries do artista: Pedra Bonita, Caldeirão,
Catumbi e outras xilogravuras inéditas, num total aproximado de 65
obras. “Adir Botelho descreve seu cotidiano com uma chama de entusiasmo
que jamais se apaga. A memória do artista transcende o tempo e o espaço
e, literalmente, nos faz vivenciar os locais impressos em suas
gravuras” comenta a curadora.
O artista tem forte ligação pela técnica, que utiliza a madeira como
matriz, reproduzindo a imagem gravada sobre o papel. “O que faz a
sugestividade da xilogravura (de xylon = madeira e graphe = gravar) é a
atmosfera de liberdade que ela cria. Gravar em madeira é uma necessidade
da criatividade humana, uma forma de questionar a natureza. Não se pode
reinventar a xilogravura: ela será irresistível enquanto se mantiver
fechada sobre o núcleo central de sua própria força. Gravar em madeira é
uma aprendizagem constante, construção contínua de um saber
profissional e humano. Tudo nela é expresso de maneira simples,
objetiva. Índice de cultura, a xilogravura possui sua própria vida, sua
própria história. Seu ofício não é em si mais do que um meio. O ato
xilográfico que damos a ele é o que realmente importa”, observa o
artista.
Serviço:
Exposição: “Adir Botelho – Gravando Sonhos”
Abertura: 16 de maio, ás 19h (para convidados)
Visitação: 17 de maio a 24 de junho de 2012 – ter a dom, das 12 às 19h
Local: Centro Cultural Correios (Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro)
Informações: 2253-1580
Patrocínio: Correios
Realização: Centro Cultural Correios
Acesse:
www.correios.com.br
Oceanos
Exposição reúne fotos inéditas do fundo do mar, captadas
durante realização do filme “Océans”, e sensibiliza o público para a
conscientização ambiental.
Cerca de 35 fotos inéditas, captadas pela equipe de produção do filme
“Océans”, de Jacques Perrin e Jacques Cluzaud – longa coproduzido pela
Disneynature e ganhador do César 2011 de melhor documentário (prêmio
considerado o “Oscar” francês) – estão na exposição “Oceanos” que o
Centro Cultural Correios e a Aliança Francesa realizam no período de 16
de maio a 1º de julho. O objetivo é de contribuir para a
conscientização ambiental por ocasião da Rio+20 - Conferência das Nações
Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável - que acontece entre 13 e 22
de junho no Rio de Janeiro.
Baseada na ideia de “ser peixe entre os peixes”, a equipe de Perrin e
Cluzaud chegou a construir três tipos de câmeras inéditas, a fim de
poder circular naturalmente entre os habitantes dos cinco oceanos da
Terra. Entre elas, a Thétys, uma câmera colocada na ponta de uma grua,
fixada na embarcação, para filmar as baleias jubarte, no Alasca. O
resultado foi impresso em metacrilato (acrílico). O tamanho padrão das
imagens é de 0,75m X 0,50m, sendo que seis fotos são impressas em
painéis de 1,20m X 0,80m.
Para além do aspecto ambiental, de conscientização sobre a
preservação da natureza, a mostra pretende ser uma fonte de informação
sobre os animais, curiosidades e a maneira como se comportam. É o caso
do elefante marinho da ilha de Guadalupe. A equipe conseguiu tal
aproximação do animal, que é possível notar um olhar quase “incrédulo”
diante da câmera especial. Ou, então, os ancestrais da iguana marinha,
que voltaram ao mar para obter o alimento que as ilhas Galápagos, quase
desertas, não ofereciam a eles. E há os exóticos, como o peixe shrek,
que é munido de monstruosos tumores que incham seu crânio e seu queixo.
Um dado curioso é que essas deformações só surgem com a idade, quando a
jovem fêmea “elegante” se transforma em “macho velho”, ou seja, o peixe
nasce fêmea e morre macho.
Há ainda situações praticamente inéditas ou esquecidas, como o
empilhamento de milhares de caranguejos reunidos para mudança de pele no
sul da Austrália. Os crustáceos cobrem o fundo do mar com um metro de
espessura. “Últimas testemunhas de uma riqueza acabada, essas
indescritíveis abundâncias eram comuns antes do homem industrial”,
comenta Perrin. “E elas nos lembram que a ‘amnésia ecológica’ está nos
atingindo, pois cada um considera a natureza que descobre em sua
infância como original. Assim, de geração em geração, aceitamos o
inaceitável empobrecimento, pois não podemos medir a extensão global do
desastre”, completa.
“A vantagem desse conjunto de fotos em relação ao filme é que, além
de inéditas, essas imagens, estáticas, prolongam a aventura da filmagem e
permitem que o espectador leve o tempo que precisar para absorver as
informações e a beleza do mundo subaquático”, explica Yann Lorvo,
diretor geral da Aliança Francesa no Brasil.
Sobre o filme.
Os diretores Jacques Perrin e Jacques Cluzaud já haviam realizado em
2001 um documentário similar, voando com os pássaros em migração (“Le
peuple Migrateur”). Jacques Perrin, ator e diretor, sempre viveu no meio
artístico desde sua juventude, em Paris, e criou a sua própria empresa
de produção, a Galatée Films, que financiou a realização de “Oceanos”
durante quatro anos. O objetivo foi criar uma proximidade entre as
câmeras e os animais marinhos, permitindo participar do espetáculo e não
apenas observar. Foram quatro anos de aventura para imergir-se no mundo
animal. Uma aventura humana nos oceanos, através das tempestades e
tormentas; sem poder distinguir o céu do mar, por causa da espuma que
tornava tudo similar. Os realizadores contaram o tempo todo com a ajuda
de cientistas e de centros oceanográficos do mundo inteiro, fazendo
dessa obra um trabalho internacional, sem fronteiras, ultrapassando as
técnicas clássicas dos filmes documentários.
Serviço:
Exposição: “Oceanos”
Abertura: 16 de maio, às 19h
Visitação: de 17 de maio a 1º julho de 2012 - de terça a domingo, de 12h as 19h – GRÁTIS
Apoio Cultural: Correios
Realização: Centro Cultural Correios e Aliança Francesa.